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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ética Hacker: O que é isso?

A ÉTICA HACKER é uma nova ética surgida de comunidades virtuais ou cibercomunidades. Um dos seus grandes criadores foi o finlandês Pekka Himanen. Os pontos que a caracterizam são:
1. A crença de que o compartilhamento de informações beneficia a sociedade como um todo.
2. O pensamento de que penetrar em sistemas por diversão e exploração é eticamente aceitável;
É importante considerar que o sentido original do termo hacker é todo aquele que trabalha com grande paixão e entusiasmo pelo que faz. O que se contrapõe ao termo cracker, ou pirata da informática com grandes conhecimentos técnicos, que invade, copia dados, destrói informações. Um hacker pode ajudar as corporações a verificar se os sistemas de informação e as redes são efetivamente seguras, por exemplo.
O termo hacker, segundo Pekka Himanen (2001) designa um perito ou entusiasta em qualquer área. Na informática ele tem por função desenvolver projetos tecnológicos e voltados à difusão de informações. Ele portanto, desenvolve, cria e distribui conhecimento.
A idéia de hackerismo nos apresenta nova perspectiva na idéia de trabalho, dinheiro e rede. Assim, o trabalho que conforme a ética protestante está relacionado a dever é entendido como diversão, é algo prazeroso. O dinheiro está associado a idéia de tempo, ao tempo que deve ser otimizado, e a automação muito auxilia nesse processo. O dinheiro não é o mais essencial mais a paixão pelo trabalho feito e a possibilidade de torná-lo útil para a coletividade, a ética da rede ou nética, que apregoa o acesso à todos e a liberdade de expressão.
É esse compromisso que os "hackers" têm com a informação, é essa paixão pela criatividade que se transformou na ética "hacker" e isso tem tudo a ver com a inclusão digital da sociedade.
Assim, assistimos na era da cibercultura uma nova forma de pensar e de nos relacionar com o trabalho e com os outros sujeitos. Vemos uma disposição para a "vida livre de encargos”, despojada, que almeja a experiência social, a liberdade de decidir sobre si mesmo, de ser autônomo, nesse projeto tanto se desenvolve as tecnologias de informação, quanto para a democratização do saber.

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